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Chiedi Perdono a Dio... Non a Me |
O argumento é simples: Matam a
família durante a sua ausência e Cjamango (Giorgio Ardisson) enceta uma
vingança implacável sem concessões ou qualquer piedade, ajudado pelo
interesseiro Barrica (Pedro sanchez), que viu o massacre, e que procura tirar
proveito da situação cobrando os prémios oferecidos pelas cabeças dos
assassinos. Para compor o ramalhete Cjamango está apaixonado, e é
correspondido, por Virginia Stuart que é filha do seu pior inimigo…
Baseando a sua intensidade dramática mais nas
imagens de violência do que no desenvolvimento das situações, Pede
Perdão a Deus não perde qualquer mérito por isto, bem pelo contrário, e
constitui prova de que um orçamento minúsculo e um argumento parcimonioso podem
gerar um filme francamente interessante e com um ritmo alucinante e ação
trepidante. Cjamango não é, contudo, o anti-herói típico do género, não é a ganância
que o move, mas sim a sede de vingança, pela qual está disposto a renegar tudo,
até o amor, e transforma-se num lacónico anjo vingador e exterminador.
Cjamango é bem interpretado pelo sempre fiável Giorgio Ardisson, ator que
interpretou apenas cinco westerns, mas sempre de forma convincente, e que se notabilizou
sobretudo em filmes de espionagem nos quais interpretava o Agente 3S3.
O filme conta também com nomes
conhecidos do género como Anthony Ghidra (Balada para um Pistoleiro), Peter
Martell (Ringo, o Cavaleiro solitário) ou Pedro Sanchez (Ignazio Spella)
presença constante nos westerns de Edoardo Mulargia. Cristina Iosani interpreta
aqui o seu papel mais importante na sua fugaz carreira no cinema (fez 7 filmes,
5 foram westerns) e é convincente no papel da infeliz Virginia. Fica a ideia
que poderia ter ido mais além na carreira.


A realização, tal como o
argumento e produção, esteve a cargo do ator e argumentista Vincenzo Musolino
que aqui fez a sua estreia nas lides da realização. Realizaria mais um filme, Quintana,
antes de falecer prematuramente em 1969 com 39 anos. Deixa-nos como legado esta
pequena pérola para deleite dos admiradores do género ou daqueles que gostam de
um bom filme de ação.
No entanto, este filme acaba por ter outra curiosidade. Na edição DVD que adquiri, da Sony italiana, edição muito razoável mas sem extras e com áudio em italiano, o filme começa logo com o genérico inicial. Quase por acaso, encontrei uma versão de um raríssimo VHS italiano que apresenta este filme com um prólogo e um epílogo nos quais Cjamango, agora um homem velho, tenta convencer um jovem mexicano, cujos pais foram assassinados, sobre a inutilidade da vingança. Legendei-os e apresento-os agora aqui:
No entanto, este filme acaba por ter outra curiosidade. Na edição DVD que adquiri, da Sony italiana, edição muito razoável mas sem extras e com áudio em italiano, o filme começa logo com o genérico inicial. Quase por acaso, encontrei uma versão de um raríssimo VHS italiano que apresenta este filme com um prólogo e um epílogo nos quais Cjamango, agora um homem velho, tenta convencer um jovem mexicano, cujos pais foram assassinados, sobre a inutilidade da vingança. Legendei-os e apresento-os agora aqui:
Prólogo:
Epílogo:
Pede Perdão a Deus...
4 comentários:
Não conhecia estes prólogo/epilogo e sinceramente não acho que faça muita falta mas é curioso saber que foi usado. Não imaginaria. É um bom filme que fui descobrir já há alguns anos por recomendação, imagine-se, do António Rosa.
Uma abraço.
--
Pedro Pereira
http://por-um-punhado-de-euros.blogspot.com
http://destilo-odio.tumblr.com/
Pois é , Pedro, também acho que este prólogo e este epílogo façam muita falta, mas é como dizes, fica a curiosidade. Ainda bem que gostaste.
Um abraço.
António
Hola, António. Yo tampoco lo conocía, pero me alegro de que hayas vuelto a escribir y aportarnos tus visionados y opiniones.
Un abrazo desde España,
Belén
Hola, Belén. Gracias.
Un abrazo de Portugal
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